4.04.2012

grinalda

depositou um copo que entornava os líquidos verticalmente. de plástico e vidro.
- eras tão novo para te tornares judas. novo que baste para duvidares das formas do mundo e achares-lhe umas novas de que também duvido.
era antes uma fonte que molhava os pés pouco calçados ou os pés descalços.
- fui envelhecer a frio para o norte das coisas.
que lavava os calos.
que os baptizava.
- retorno amanhã para as viagens sem volta com o mais incorrecto relógio que aponte as horas das formas do mundo a frio no sentido do norte das coisas.
não me esperes jamais a hora alguma.
- não virás visitar-me ao lado certo do mundo. farei questão de comprar os bilhetes para os lados onde não haverás jamais com antecedência para evitar as horas de ponta e ir tornar os pés eloquentes aos bidés das estações.
como quando crias em deus e lhe cuidavas da auto-estima.
- ando a ler a cabala para entender os mais graves enigmas e o código binário dos computadores. como quando querias que eu soubesse resolver os pentagramas do que é mais inútil.
fui envelhecer a frio no sentido do norte das coisas.
- tens a postura da gravidade apropriada. as formas apostólicas de quem não suporto.
- andámos contando quem faltava no círculo e não haviamos nascido ainda.
não virás perdoar-me jamais aos ditâmes da mágoa última.
- como quando queimámos o livro empírico na fogueira da antecâmera por não haver forma de calcular o diâmetro da roda.
era tão novo para duvidar das formas certas do mundo e espreitar-lhe umas novas com engivas no lugar de cunhas e juízes a norte no sentido de coisa alguma.
- tenho lido as antigas formas do mundo no sentido da contra-capa para o norte ou antes do verso para a forma última, com a única idade de quando se nasce que haverá de ser a mais apropriada forma certa da lógica última das coisas.

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