10.24.2012

X da doença formulária.

julguei-me indisposto no tamanho do cálculo
você me obrigou a um gengibre de guerra
me causou um paraná de libra
tens preço de morte e aí te perdoo
palestino e imundo da crença última vencida
combati insultado a cobardia dos machos.
não invente
tão pouco
assuntos de porcelana ou tricot
arranjei unhas e talheres de vermelho
e dor de fazenda
bordada e bordô.
você me inquiriu a prostituição mais íntima
arrendada pelos oráculos gravíssimos
dos genitais
como no conflito de tesoura e febre
onde valho merecê-las
raquítico e maneta de uma anedota
que te sou
você me insultou de ferida maior e longa
pediu que saldasse os calos e o meu rancor
costurado a suor.
tens falta de cancro onde decidas crescê-lo
faltaste ao aborto onde nasceste
tens chifres de couro e pornô
tens dívida de morte e aí te perdoo.

Nenhum comentário: