não eras homem de regar as pedras
nem bicho de aprender as sombras
ou sarampo de língua aguda
e estátua de crime e de cobra.
não havias de mãos várias
nem com destinos que não se podem
ou estômago da fome mais longa
e alimentos de arame e de sobra.
não falavas os dialectos que uso
servia-te a alma de uma gente húmida
uns pés calçados e de fazenda
pulmões de ensaio último
tinhas receios de corvo e voz de rémora
juízos de crónico ou de troco
lágrimas de mercúrio e de estorvo.
12.20.2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário