1.14.2013

pelo proveito de pessoa nenhuma.

era dura e privada como feita de mudez ou cofre
manhosa das intenções se com asco de todas
de um valor que lhe renda ser gente ou coisa
patética de um verniz estrábico de trazer nas unhas
e um bigode amplo e sombrio de não ser buço.
tinha uns chapéus muito credíveis na cabeça
com uma peçonha longa de pele que remedeia dívidas
se não há quem queira pegar-lhe nos assuntos do bolso
desconfiada dos receios e das tromboses como pessoa
e a não querer indústrias que lhe ataquem a religião
do calcanhar postiço onde se monta. agendou tarifas
no joelho pútrido das paciências mais estouradas
e certificou-se dos diálogos que não haveria de ter consigo
executando cimentos e cóleras num vaso de porcelana turca
para câmbios devidos nas vesículas bancárias
de uma língua própria de falar-se em honra de uma dor sua.

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