8.29.2013

assunto sobre perdoares-me.

vinhas cumprindo a tarefa de pai
deste-me nome e vocação
advocacia, pronome e tanto
o certo e a pior maneira de tudo
e ainda o errado e o possível que é tantas vezes o melhor
ias caçando as espingardas de matar e escolhias-me
cancelavas os voos para que a carne acontecesse
esperaste que soubesse dizer-te a verdade
para que ma perguntasses
eu não era feito da pessoa mais certa
não poderia sindicalizar-me nos actos dos bons
os que partem da vontade e pousam nos outros
nunca te quis senão por mal de mim se não houvesses
mas havias de entender-me por bem de todos
como espiares-me a equitação para que não tombasse
capaz de guardar mãos de terra na boca se me conhecias
vir arranjado do material do chão sujar-nos a vida por descuido
vezes de suor e treino
outras mais de displicência, burriquice e desrespeito
agradeço-te
tão capaz dos meus músculos de pessoa tornada ilhéu
herdeiro da saliva de morder
instaurador do pus dos assuntos
para que apostassem nas minhas amabilidades sérias
um tratado de estar em dívida com hipoteca do meu espírito
mas ainda pela família e pelos outros
sentei-me como se senta quando temos intenção de pegar nos talheres
alimentámo-nos das perdizes feridas temperadas com alguma justiça
o bico em inventário guardando as pendências da terra
o aborto do pouso e o alimento como obituário
o vinagre de estar honrando mais que o meu nome
mas toda a tapeçaria de estar poisada e dos nossos testículos o seu volume.

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